Leonel Henckes

GoetheBahia #Metaverso – um centro cultural recriado em metaverso e o que se pode fazer lá

GoetheBahia #Metaverso

Recentemente descobrimos um novo termo para chamar a já conhecida realidade virtual melhor experimentada usando aqueles óculos específicos que produzem a sensação de imersão.

O metaverso apresentado pela extinta empresa Facebook em seu desespero para abafar os escândalos que a sua conduta política e pouco ética geraram, encheu os olhos e a imaginação de todos. O além da internet como conhecemos pareceu fascinante.

Já estão sendo comercializados terrenos no metaverso, criados shoppings nele e tudo mais.

Fica evidente que o barato nesse projeto de futuro é a interconexão de diferentes metaversos em todo o mundo. Para isso é necessário, como na internet, um sistema interligado, ou seja, que todos os metaversos operem numa mesma estrutura. É também necessário que os dispositivos, hoje ainda caros e pouco funcionais sejam aprimorados.

Apesar de tudo, é palpável pensar que em breve poderemos fazer reuniões com avatares, participar de eventos ou fazer compras em um mundo completamente virtual que proporciona uma sensação imersiva real.

A arte da performance já vem explorando as possibilidades imersivas na linguagem analógica. Faz-se necessário agora pesquisar as possibilidades narrativas nesse ambiente digital.

No Goethe-Institut Salvador-Bahia, com implementação da Bungalow Agency de Holger Beier, foi dado um primeiro passo na exploração do metaverso como espaço para pesquisa de formatos de eventos e atividade culturais e formativas.

O GoetheBahia #Metaverso

No dia 02 de dezembro de 2021 foi inaugurado o GoetheBahia #Metaverso, ambiente que reproduz a casa amarela onde funciona o Instituto em Salvador, Bahia. A galeria, o teatro, a biblioteca e o pátio interno foram fidedignamente reproduzidos e na noite do lançamento 22 convidados acompanharam uma visita guiada pela exposição de artes visuais “Temporão”, montada tanto na galeria física quanto no metaverso, com presença de alguns dos artistas que falaram sobre suas obras expostas e seus processos criativos. Os convidados puderam, também, aprender mais sobre o conceito do espaço virtual, pretenções institucionais e conhecer os demais espaços. Ao final, puderam curtir um som no pátio e interagir como numa vernissage tradicional.

O GoetheBahia #Metaverso foi pensado como um protótipo para experimentação poética, estética e estratégica de formatos performativos, expositivos e interativos possíveis. Na galeria poderão ser montadas exposições e realizadas visitas guiadas, no teatro poderão ser exibidos filmes e acontecer performances gamificadas ou conferências. No pátio poderão ser experimentados concertos e rodas de conversa. Já na biblioteca, serão criado um espaço interativo integrado ao onleihe, a biblioteca digital do Goethe-Institut e os visitantes poderão acessar, e-books, filmes, música e também descobrir apps e exercícios para aprimoramento do idioma alemão.

O feedback do público que experimentou o GoetheBahia #Metaverso foi positivo. Todos consideraram interessante a experiência e querem retornar. Explicaram que mesmo na tela bidimensional do computador tiveram a sensação quase física de estar no Instituto real. A experiência de encontro com outras pessoas como avatares também foi muito comentada. A possibilidade de conexão entre pessoas em diferentes partes do mundo no metaverso se mostrou funcional e gerou a sensação de imersão e realidade. O próximo passo e testar essa situação com todos os participantes usando o óculos VR. Contudo, evidenciou-se na experiência dos 22 convidados que a ausência do óculos não impediu a experiência imersiva, a sensação de ter estado no local.

No vídeo a seguir você pode conferir o registro do evento. Para acessar o GoetheBahia #Metaverso, basta clicar aqui.

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