Leonel Henckes

Noite do Inferno

Artur Rimbaud Traguei um bom gole de veneno. — Seja três vezes abençoada minha resolução! — Minhas entranhas ardem. A violência do veneno contrai-me os membros, desfigura-me, arroja-me ao chão. Morro de sede, sufoco, não posso gritar. É o inferno, as penas eternas! Vede como o fogo se levanta! Queimo-me, como convém. Vai, demônio! Eu

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Tempo

Tempo. Tempo-espaço. Tempo e Espaço. Espaço e Tempo. Espaço-tempo.Tempo. O tempo como uma deidade, a mais poderosa de todas. No terreiro a mãe de santo só diz: o tempo, tem que dar tempo, deixar o tempo agir… Olho o redor e tudo parece maleavel e mutável. O sol irradia, mas, subitamente suaves gotas de chuva

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Leveza

Mergulho no si mesmo em busca de um impulso renovado que me  faça andar, que me faça estar a caminho, que me faça sair da inércia. Mergulho no si mesmo para descobrir meu lugar no mundo, meu lugar na arte. Nesse percurso percebo o peso, o peso insustentável da existência, o peso que insisto em

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Amor cósmico

É curioso observar a suposta evolução humana. Um processo linear, causal e absolutamente lógico. Dom Juan diz à Castaneda: “Somos criaturas mágicas de percepção.” Percebedores e criadores de realidades. No entando, presos a uma inércia sem fim. A “evolução” estagnou no tempo-espaço. Tudo é energia, energia em movimento, fluxo. Para onde vamos? Questiona o herói

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Estrangeiro

E de repente, estrangeiro no próprio país. – Não, eu sou brasileiro, acredite! (digo para baiana de acarajé) – Mas, você não é baiano. (ela responde) E de repente, já não sou Leo ou Leonel, muito menos Leonel Henckes. Sou “o gaúcho”, “o menino do sul”, “o branquelo”. Sem pátria, sem nome, destituído de minha

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